As bursas são pequenas bolsas de tecido, que permitem a circulação do líquido sinovial, responsável por lubrificar as articulações do joelho.
Entretanto, quando produzida em demasia, num processo chamado sinovite, a substância pode se acumular na bursa poplítea, na parte posterior da região, e gerar o Cisto Poplíteo, mais conhecido como Cisto de Baker, em referência ao médico que popularizou a doença ao descrevê-la.
O cisto de Baker é uma formação benigina frequentemente associada a lesões derivadas de grandes traumas ou a processos inflamatórios, sendo os mais comuns as fraturas nos meniscos e a osteoartrite. Normalmente, a doença não apresenta sintomas, mas, quando o nódulo é maior, a ponto de ser visto uma elevação na pele, pode apresentar inchaço, dor e dificuldade para dobrar a perna.
A doença pode ocorrer entre homens e mulheres de todas as faixas etárias, no entanto é mais raro em crianças. As pessoas com excesso de peso, quadros de artrite, síndrome da hipermobilidade articular e, sobretudo, os idosos apresentam maior risco de desenvolver o cisto em decorrência de inflamações e desgaste natural da cartilagem do joelho. Exames físicos, ultrassonografia, ressonância e raios X podem ser realizados para identificar o nódulo e suas causas para se aplicar o tratamento adequado.
Geralmente, o cisto desaparece sozinho assim que se trata a razão do seu surgimento. Porém, se estiver bastante elevado se faz necessária a drenagem com agulha, ingestão de medicamentos, fisioterapia e até remoção cirúrgica. É importante investigar as causas do problema e seguir seu tratamento à risca a fim de evitar complicações, como o rompimento do cisto levando o líquido a panturrilha, gerando dor intensa e inchaço, ou a trombose intravenosa
Portanto, preste atenção aos sinais do joelho, consulte um médico especialista em joelhos e cuide-se.