Ortopedia

SÍNDROME DE DE QUERVAIN


Síndrome de De Quervain

A síndrome de De Quervain, em referência ao cirurgião suíço Fritz De Quervain, primeiro a identificar e descrever as suas características, é um processo inflamatório dos tendões chamados de extensor curto e abdutor longo do polegar em decorrência da compressão exercida pela membrana que o reveste, também chamada de bainha tendinosa, cuja função é permitir direcionar corretamente a força realizada pelos tendões enquanto movimentamos as mãos.

O distúrbio pode ocorrer como consequência de uso excessivo da estrutura, sendo comum entre praticantes de tênis, artes marciais, canoagem, golfe, academia e até em pessoas que cuidam de crianças de colo. Entretanto, se desenvolve também devido a alguma doença sistêmica, dentre elas o reumatismo, infecções, alterações hormonais, doenças metabólicas ou disfunção imunológica. Em geral, afeta a faixa etária entre 30 e 50 anos, sobretudo o sexo feminino.

Os sintomas mais frequentes são a dor e um estalido no tendão ao movimento, fraqueza, limitação motora, inchaço e vermelhidão no local. O diagnóstico é obtido por um médico especialista a partir do teste de Finkelstein, um procedimento simples no qual o paciente cobra o polegar com os outros dedos e dobra o pulso em direção ao dedo mínimo. Radiografias ou ressonância magnética podem ser solicitadas a fim de complementar a avaliação e eliminar a suspeita de outras patologias.

A forma de tratar a síndrome de De Quervain varia de acordo com a intensidade dos sintomas. Ela pode ser conservadora, a base de anti-inflamatórios, imobilização e o uso de talas especiais, com o método de infiltração, que consiste na injeção de corticóide diretamente no local inflamado ou, em casos mais graves e naqueles que a primeira terapia não surtiu efeito, recomenda-se o procedimento cirúrgico. Sessões de fisioterapia também são fundamentais para alongar e aliviar a pressão na área. Aos primeiros sinais, é importante buscar ajuda profissional imediatamente para que o quadro não se agrave.