O manguito rotador é um conjunto de músculos e tendões, cuja função é promover a estabilidade dos ombros. Anatomicamente, ele impede que a cabeça do úmero, o longo osso do braço, entre em atrito com o acrômio, chamado de “teto” do ombro. Entretanto, conforme envelhecemos está estruturas tendem passar por um processo natural de desgaste ou mesmo lesões que podem evoluir para uma artropatia do manguito rotador.
Popularmente conhecida como artrose, a condição é um processo crônico que, necessariamente, deriva de desgastes e lesões extensas do manguito rotador, e leva anos para se desenvolver, sendo comum em idosos por volta dos 70 anos de idade. Seus sintomas também demoram a se manifestar e incluem dor e limitação nos movimentos de elevação do braço, dificultando ações simples como pentear os cabelos ou por a mão na nuca.
O diagnóstico preciso é obtido a partir de um conjunto de procedimentos. Primeiro, o médico especialista em ombros realizará uma avaliação física detectando a fraqueza muscular e restrição motora. Depois, complementa-se com exames de imagem para verificar o estado do ombro acometido pela artropatia do manguito rotador.
Na radiografia, é possível visualizar a cabeça do úmero elevada encostando no acrômio desta forma reduzindo espaço existente entre eles. Já na ressonância magnética, além da alteração óssea, ficam visíveis o tendão retraído, a atrofia e degeneração da cartilagem, musculatura e tendões do manguito rotador. Confirmada a artropatia o profissional responsável pelo caso segue para o tratamento.
As primeiras medidas terapêuticas são conservadoras, a base de medicamentos para evitar a dor e sessões de fisioterapia para fortalecer a musculatura da região e melhorar os movimentos. Além disso, requer deixar temporariamente atividades que exijam esforço dos ombros. Um conjunto que costuma melhorar os sintomas na maioria dos pacientes.
Entretanto, se após um período de quatro a seis meses o tratamento conservador não surtir o efeito esperado, recomenda-se a um procedimento cirúrgico que, na maioria dos casos, é a artroplastia reversa do ombro, na se insere uma prótese que possibilita os movimentos sem os tendões. No pós-operatório a fisioterapia também será necessária para adaptar o paciente a prótese.