As bursas são pequenas bolsas localizadas no interior das articulações através das quais o líquido sinovial, uma espécie de lubrificante, circula pela região a fim de amortecer o atrito entre tendões, ossos e músculos. Ao todo, o corpo humano possui 160 bursas espalhadas em locais como os joelhos, cotovelos, quadris, ombros, entre outros.

A produção incorreta ou em excesso do líquido sinovial ocasionando seu acúmulo nas bursas gerando o processo inflamatório que conhecemos como bursite. Nos ombros, ela provoca dores, especialmente na parte superior da área, além de dificuldades de movimentar a articulação, fraqueza e formigamento.

Profissionais que executam movimentos repetitivos, como pintores e faxineiras, têm maior probabilidade de desenvolver a doença. A bursite também é muito frequente em atletas, por isso é comum ouvir os termos “ombro de nadador ou lançador”. Além disso, movimentos bruscos ou pancadas diretas também são gatilhos, sobretudo em pessoas acima dos 40 anos, quando os tendões tornam-se mais frágeis.

Normalmente, um exame físico efetuado por um médico especialista é o suficiente para se ter um diagnóstico, entretanto pode se fazer necessário solicitar exames de imagem, como ressonância magnética ou raios X, para precisar as causas da dor, principalmente se houver a suspeita de outras lesões associadas.

No geral, um tratamento conservador, a base de compressa gelada, analgésico e anti-inflamatórios para controlar a dor, repouso e, posteriormente, fisioterapia para fortalecer a região e estabelecer a amplitude do movimento, costumam sutir o efeito esperado. Porém, em caso de bursite infecciosa, que acomete, sobretudo, pacientes imunodeprimidos, entra-se com antibióticos e procedimento cirúrgico para drenar a bursa ou removê-la.