A bursa trocantérica é uma das 160 bursas que existem pelo corpo humano. Cada quadril possui quatro delas, que são pequenas bolsas de tecido que contém líquido sinovial, uma espécie de lubrificante que facilita o deslizamento de tendões, ossos e músculos. Como todas as outras, a trocantérica pode desenvolver um quadro de bursite, processo inflamatório em decorrência da produção excessiva e acúmulo do líquido nas bursas.

A doença é a segunda maior causa de dor na região e, em geral, ocorre por movimentos repetitivos de contato, por isso comum entre atletas de corrida, por exemplo. A pressão direta na região pode agravar os sintomas e com a evolução da inflamação pode causar o enrijecimento das articulações e dificuldade de locomoção. Além disso, é comum que o paciente tenha outras distúrbios associados, como problemas na coluna lombar, artrose do joelho, entorse do tornozelo, entre outros.

Os sintomas mais recorrentes são as dores na lateral do quadril e na coxa, que pioram com os movimentos de rotação, subir e descer escadas, estalidos e fisgadas nas nádegas. Sinais que podem ser facilmente confundidos com os de outros distúrbios, por isso o médico especialista pedirá exames de imagem da coluna e do quadril para eliminar qualquer outra suspeita e obter um diagnóstico preciso.

Em geral, um tratamento conservador costuma ser suficiente e se dá com analgésicos, anti-inflamatórios e até relaxante muscular para aliviar as dores e fisioterapia para fortalecer a região e manter a postura e movimentos corretos. Sessões de acupuntura e aplicação de medicamentos diretamente na articulação também podem ser indicados. O processo é longo e se não houver melhor recomenda-se o procedimento cirúrgico para remoção da bursa.