A necrose da cabeça do fêmur é uma condição que se caracteriza pela morte das células ósseas da região. Segundo pesquisas, na maioria dos casos, a doença tem afetado pessoas com menos de 40 anos de idade, dos dois gêneros, sendo mais comum em homens. Além disso, em cerca de 30% a 50% dos pacientes os dois quadris apresentam problemas. Vale ressaltar, que a pode atingir outros ossos, como os do ombro, a mandíbula, vértebras, o base do fêmur, pés e mãos.
Muitas razões podem facilitar o desenvolvimento da doença, entre elas o uso de corticoesteróides durante o tratamento de doenças da pele, reumáticas e quimioterapias, traumas, doenças autoimunes e consumo excessivo de álcool. Este último, corresponde a 80% das causas da necrose da cabeça femoral. Dados aponta que ingerir de meio a um litro de bebida alcoólica por semana aumenta em 10 vezes o risco da doença, acima de um litro é 18 maior.
Estes fatores ocasionam a necrose a partir de dano direto aos vasos, elevação da pressão intra-óssea e lesão direta das células. Os sintomas são comuns a outras enfermidades, neste caso dores na região da virilha, nádegas, coxas e joelhos, que pioram ao realizar movimentos ou mesmo em repouso, além de, a longo prazo, *provocar deformidades na cabeça do fêmur, por isso é comum o paciente procurar um médico com a doença em estágio avançado.
O diagnóstico é essencialmente obtido através de exames de imagens. As radiografias costumam ser eficientes, entretanto a cintilografia óssea e a ressonância magnética apresentam melhores resultados em relação a detectar a necrose da cabeça femoral precocemente. Somando-se a eles uma análise completo do paciente, levando-se em conta os sintomas, o estado de saúde, a idade e se há outras doenças associadas, é possível determinar o tratamento.
Em geral, pode ser tratado de três formas: a conservadora, com medicamentos analgésicos para dor e uso de muletas ou bengalas para evitar a sobrecarga da articulação, indicada na minoria dos casos, a cirurgia com preservação do quadril natural, cujo objetivo é curar ou retardar a evolução da doença, indicado em estágios iniciais e a artroplastia para inserção de uma prótese, indicado para casos mais graves. Todos acompanhados de fisioterapia para fortalecer a musculatura, corrigir a postura e restabelecer os movimentos.