O quadril possui uma articulação profunda que se forma da ligação entre a “cabeça” do fêmur e o acetábulo através de uma estrutura cartilaginosa, responsável por permitir o deslizamento de uma estrutura em relação a outra, promover a estabilidade da região e absorção de impacto. Este último, quando ocorre em demasia, pode ocasionar problemas na região a longo prazo, como impacto femoroacetabular ou síndrome do impacto do quadril.

Existem três tipos de impacto que podem ocorrer no quadril: o pincer, o cam e o misto. O primeiro, atinge a borda anterior do acetábulo e pode gerar no labrum e na parte mais periférica da cartilagem acetabular. O segundo, corresponde ao contato excessivo da cabeça do fêmur contra o acetábulo e há o risco de causar a degeneração da cartilagem articular. O último, é a reunião dos dois anteriores e representa mais da metade dos casos.

As causas para o desenvolvimento da doença podem ser várias, entre elas uma possível alteração anatômica do topo do fêmur, a hipermobilidade ou um desequilíbrio muscular derivado de ação exageradas dos músculos da parte da trás da coxa, como no movimento de agachar. Em geral, ela atinge pessoas entre 30 e 50 anos, provoca dores que podem irradiar para a coxa até o joelho e te piora ao executar atividades físicas.

O tratamento consiste em sessões de fisioterapia a fim de realizar a manutenção da mobilidade articular, além disso o paciente deve ser orientado ao praticar exercícios físicos e evitar esportes de impacto outras atividades que exerçam sobrecarga no quadril. O cuidado é importante, pois o impacto amplia o risco de artrose em jovens adultos.